Só não se perca ao entrar no meu infinito particular...

Só não se perca ao entrar no meu infinito particular...

quinta-feira, 19 de abril de 2012


Ex deveria morrer.
Aperta no pause, congela a tela, repete a cena: porque você não morre agora?
Ex deveria morrer eletrocutada. Queimada. Partida em mil por Jack, o Estripador. Não, não. Não sou maluca, doente, psicopata, neurótica, bipolar. (ok, talvez eu seja tudo isso e mais um muito) Só acho que ex não deveria existir. Porquê? Porque existe ex? Para atormentar, para fazer aqueles fantasmas (que nada têm de gasparzinhos) arrastarem correntes pelo cérebro e puxarem os pés da mente? Para fazer o nosso anjinho ficar cego e possuído pelo diabinho, cutucando todo o sistema nervoso: veja lá, eles podem ter se encontrado, o toque pode ter dado choque, eles podem ter achado que a magia não morreu ou então renasceu.
Por favor! Alguém avisa? Ex só é bom muito longe, bem longe. Num lugar aonde não exista telefone, correio, internet, celular, papel e caneta. Deveria existir uma ilha, tipo ilha dos excluídos ou algo meio Lost. Lá seria o reduto de todas as “exes” (exus) que vivem por aí assombrando a vida-ou a imaginação fértil-de mulheres que não entendem que todo mundo tem um passado.
(rá. não entendo mesmo)
Cadeira elétrica era uma boa opção.
Clarissa Corrêa
"Quando a gente ama alguém de verdade temos que entender que muitas coisas envolvem o amor e, bingo!, uma delas é a insegurança. O que sentimos é tão bom e profundo que a gente tem medo que isso vire poeira, areia, fumacinha, vire nada, vire qualquer coisa não-importante a qualquer minuto em qualquer dia ou qualquer noite. A gente tem medo de virar um qualquer na vida daquele alguém que, pra gente, faz toda a diferença."
— Clarissa Corrêa

quinta-feira, 5 de abril de 2012


"Que foi isso, de repente? Nada; dez anos se passaram. Não diga! Se somaram? Se perderam? Algumas relações se aprofundaram? Se esgarçaram? Onde estávamos? Onde estamos? E...aonde vamos? O tempo, em lugar nenhum e em silêncio, passa. É inegável - todos temos mais dez anos agora. Ainda bem, poderíamos ter menos dez. Tudo nos aconteceu. Amamos, disso temos certeza. E fomos amados - onde encontrar a certeza? Avançamos aqui materialmente, ali não, nos realizamos neste ponto, em outros queríamos mais, algumas coisas tivemos mais do que pretendíamos ou merecíamos - mas isso é difícil de reconhecer. Perdemos alguém - "Viver é perder amigos". No meio do feio e do amargo, no tumulto e no desgaste, tivemos mil diminutos de felicidade, no ar, no olhar, na palavra de afeto inesperado, que sei? Espera, eu sei. É a única lição que tenho a dar; a vida é pequena, breve, e perto. Muito perto - é preciso estar atento."




Millôr Fernandes